No dia 5 de maio, fui a este Seminário na SEAERJ que apresentava as considerações do Governo do Estado do Rio de Janeiro através da SEOBRAS, do órgão financiador do estudo para o Plano Diretor do Arco Metropolitano: o BID e o Consorcio Tecnosolo/ Arcadis/ Tetraplan, responsável pela elaboração deste estudo.
Essa rodovia, originalmente de caracteristicas logisticas, visa atender os dois polos de investimentos em andamento: o COMPERJ em Itaboraí e o complexo da CSA em Itaguai, sem trafegar pela cidade do Rio de Janeiro. Essa caracteristica abre a perspectiva de uma mudança da centralidade metropolitana ou, pelo menos, a sua diversificação. Até uma das considerações realizadas foi o aumento da importância do polo olimpico de Deodoro pela proximidade a essa nova configuração metropolitana.
O esforço do governo estadual é desenvolver a obra, com investimento público, e o Plano Diretor Estratégico, com recurso do BID, ao mesmo tempo. Há uma clara consciência de que é preciso definir estrategias para este novo corredor de transporte para evitar um novo vetor de ocupação irregular e compromentimento das áreas de preservação ambiental nos 21 municipios contemplados (seja de forma direta ou indireta).
Outro esforço louvável deste grupo é a reflexão da metrópole. Porque trata-se de municipios com caracteristicas de gestão completamente diferentes, com planos diretores aprovadas muitas vezes conflitantes entre si e com problemas atuais e futuros em comum.
O desafio é grande porque trata-se de uma obra grandiosa em andamento em um ambiente de gestão publica de pouca colaboração e de pouca expertize entre os muncipios afetados pelo traçado do arco. Essa oportunidade causa grande apreensão porque nós não sabemos trabalhar conflitos, principalmente nesta escala, e a prestação de serviços comuns como transporte, residuos, saneamento, habitação que serão primordiais para fazer desta obra um vetor de desenvolvimento urbano e social para a Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro.
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