Jornal O Globo, 20/05/2010
http://oglobo.globo.com/rio/rio2016/mat/2010/05/20/ida-de-parte-das-instalacoes-dos-jogos-olimpicos-para-zona-portuaria-representa-mais-de-8-mil-unidades-habitacionais-na-regiao-916644458.asp
Considero bem interessante essas mudanças no Projeto Olimpico para ocupar as áreas da cidade que já tem infraestrutura! Se considerarmos 3 pessoas por UH, estamos falando de um acréscimo de 24 mil pessoas que morarão na área portuária.
Porém ainda não consegui identificar como essas pessoas se conectarão com a cidade existente? Deve ser teletransporte, mágica... porque até agora não ouvi falar de nenhuma modalidade de transporte de massa contemplando essa área!
RIO - A aprovação pelo Comitê Olímpico Internacional da transferência para a Zona Portuária de boa parte da Vila de Mídia nos Jogos Olímpicos de 2016 vai representar pelo menos sete mil unidades habitacionais na área, que terá ainda a Vila de Árbitros, com espaço para pelo menos 1.200 novas residências. Como no projeto original a Vila de Mídia estava prevista para ficar totalmente na Barra, o prefeito Eduardo Paes considerou a mudança uma grande vitória. O COI aprovou ainda que a Região Portuária tenha mais dois centros: o de credenciamento de staffs e voluntários e o de distribuição de uniformes.
Além disso, o COI informou que alguns equipamentos que estão sem local definido também poderão ir para a Região Portuária. Secretário de Secretário municipal de Desenvolvimento, Felipe Gois informou que a prefeitura considera esses equipamentos fundamentais para o Porto.
- A melhor notícia foi a transferência de boa parte da Vila de Mídia, mas os outros equipamentos também serão muito importantes para a região. A ideia é pôr o Centro de Mídia Não Credenciada para lá, e, em tamanho, ele rivaliza com o Centro de Mídia Credenciada da Barra. Há ainda o Centro de Tecnologia e o Centro de Operações e Logísticas dos Jogos, que, no futuro, podem ser transformados em shopping centers ou centros de convenções na região do Porto - detalhou Gois, ressaltando que tais investimentos devem ser feitos em parceria com a iniciativa privada.
O secretário de Desenvolvimento destacou também que, visando à qualificação dos novos projetos arquitetônicos na Região Portuária, a prefeitura solicitará ao Instituto dos Arquitetos do Brasil do Rio (IAB-RJ), a promoção de concursos públicos. Por sinal, o presidente do IAB-RJ, Sérgio Magalhães, considerou a decisão do COI vital não só para a Região Portuária. Para ele, o investimento na área sinaliza para uma região que vem sendo esquecida e degradada: a Zona Norte.
- Foi uma vitória. Dessa forma, potencializam-se os esforços para que os investimentos públicos para os Jogos fiquem mais bem distribuídos na cidade. E se analisarmos o eixo ferroviário Porto-Deodoro, passando pelo Maracanã e Engenhão, todos com competições olímpicas, vislumbramos algo extraordinário para o Rio: a qualificação dos trens, dando-lhes o conforto do Metrô, e das estações nesse trajeto. Isso revitalizaria bairros importantíssimos como Engenho de Dentro, Deodoro, Méier e Madureira - disse Sérgio Magalhães, acrescentando que a decisão do COI abre caminho para que o Centro de Mídia da Copa de 2014 seja no Porto.
Um dos argumentos de Paes junto à Comissão do COI foi o de que estudos da Associação de Dirigentes de Mercado Imobiliário (Ademi) mostram que não há mercado imobiliário suficiente na Barra da Tijuca pare receber um número grande de unidades habitacionais, o que aconteceria caso a Vila de Mídia ficasse no bairro em sua totalidade. Até porque, só a Vila Olímpica, na qual se hospedam os atletas, vai deixar como herança 3.700 residências. Segundo a Ademi, a demanda por casas na Barra é de, no máximo, duas mil unidades por ano.
Nota da assessoria de imprensa da prefeitura deixou claro o estado de espírito de Paes. "A prefeitura está muito satisfeita com a decisão do COI em analisar a possibilidade de transferência de parte da Vila de Mídia para a Zona Portuária. Este sempre foi o principal pleito da prefeitura para dar mais centralidade à Região do Porto no projeto Olímpico, com a construção de milhares de apartamentos numa área que passa por um processo de revitalização".
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